Teatróloga e escritora.

É especialista nos processos criativos da dança e do teatro contemporâneos, há muitos anos dedicada à pesquisa artística e acadêmica. Suas investigações têm como fio vermelho sinalizando o percurso o jogo, descrito no ensaio antropológico “Somos todos atuantes alguns serão atores de profissão” (Pega Teatro – 1982). Em 1996 ela divulgou na Universidade de Bolonha, DAMS, o resultado de uma das linhas de pesquisa, dedicada ao jogo como elemento chave na criação de um método para dramaturgia na dança expressiva denominado Coreodramaturgia, designação apontada nos principais dicionários de dança contemporânea.

Foi professora de Expressão Dramática na Dança no Balé da Cidade de São Paulo, na gestão de Klauss Vianna e docente do Departamento de Artes Corporais, Instituto de Artes, da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp; Professora Visitante das Univercidade de Bolonha, Itália (1992-2000) e da Cívica Scuola di Animazione Pedagógica di Milano – Itália.

Seguindo seu conceito de Arte Ampliada inaugura uma linha de trabalho intitulada Coreotopologia que é fruto de uma extensa pesquisa acadêmica em Arte e Ciência e propõe uma metodologia de processo que incorpora conceitos da física e da matemática.

Como dramaturga e diretora teatral ela criou e dirigiu os mais importantes “dramas sociais” dos anos 80, entre eles os monumentais Vesperal Paulistânia (1983), no centro velho da cidade de São Paulo, Tribunal Tiradentes (1984), no Teatro Municipal de São Paulo. São inúmeras suas coreodramaturgias, entre elas A Flor Boiando Alem da Escuridão, criada e apresentada a convite da Universidade de Bolonha, o espetáculo Pra Weidt O Velho, produzido pelo SESC com estréia na Bienal SESC de Dança em 2007, atualmente cumprindo temporada de 2014 em São Paulo.

É autora de livros e artigos publicados no Brasil e no exterior,autora de Pedrina e o Mar, para a adolescência, e Depois da Festa romance que narra os anos de chumbo durante o período da ditadura militar no Brasil, a ser publicado em 2014.Neste período Joana Lopes fundou e editou o primeiro jornal feminino brasileiro Brasil Mulher, de circulação brasileira e internacional.

É considerada uma das arte educadoras que iniciou o processo de Teatro-Educação no Brasil e teve documentada a sua ação de 40 anos neste setor em filme realizado pela Ação Educativa e lançado em 27 de março de 2014 no Museu de Arte de São Paulo.
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